Os piores casos de exorcismo da história
- Wallas oliveira
- 26 de jan.
- 4 min de leitura
A prática do exorcismo, presente em diversas religiões ao longo dos séculos, sempre esteve envolta em mistério, medo e, frequentemente, tragédias. Alguns dos casos mais impactantes transcenderam o âmbito religioso, ganhando notoriedade por suas consequências devastadoras. A seguir, exploramos os piores episódios envolvendo rituais de exorcismo que marcaram a história:
O caso de Anneliese Michel

Em 1975, na Alemanha, o caso de Anneliese Michel se tornou um dos mais notórios da história moderna. Diagnosticada inicialmente com epilepsia do lobo temporal, Anneliese começou a apresentar comportamentos considerados anômalos, incluindo aversão a símbolos religiosos, vozes perturbadoras e ataques violentos. Quando os tratamentos médicos não mostraram eficácia, seus pais buscaram a ajuda da Igreja Católica.
Dois padres, Ernst Alt e Arnold Renz, realizaram cerca de 67 sessões de exorcismo ao longo de 10 meses. Durante os rituais, Anneliese alegou estar possuída por demônios como Lúcifer, Judas e Caim. Em 1976, ela morreu de desnutrição e desidratação, pesando apenas 30 quilos. Seus pais e os sacerdotes envolvidos foram julgados por negligência e homicídio culposo, recebendo penas leves. O caso inspirou o filme "O Exorcismo de Emily Rose" e levantou questões sobre os limites entre religião e ciência.
O exorcismo de Michael Taylor

Na pequena cidade de Ossett, Inglaterra, Michael Taylor, um homem pacífico e devoto, passou por uma transformação sombria em 1974. Após começar a frequentar um grupo religioso liderado por Marie Robinson, ele apresentou comportamento errático e violento, que sua família acreditava ser resultado de possessão demoníaca.
Em outubro do mesmo ano, um exorcismo foi conduzido por pastores locais. A sessão, que durou mais de 24 horas, teria expulsado 40 demônios, mas os líderes alertaram que um ainda permanecia dentro de Taylor. Poucas horas depois, ele atacou brutalmente sua esposa e o cachorro da família, matando ambos. O caso chocou o país, e Taylor foi declarado insano, sendo internado em um hospital psiquiátrico. Este evento é frequentemente citado como um exemplo das potenciais consequências de rituais mal conduzidos.
Clara Germana Cele e a luta espiritual

Na África do Sul, em 1906, Clara Germana Cele, uma jovem estudante de uma escola missionária, confessou ter feito um pacto com o diabo. Após sua confissão, ela começou a exibir sinais clássicos de possessão, como falar línguas desconhecidas, revelar segredos íntimos de outros e apresentar força sobre-humana.
Dois padres realizaram um exorcismo que durou dois dias, durante os quais Clara teria levitado e mostrado aversão extrema a objetos sagrados. Embora tenha sobrevivido ao ritual e retomado uma vida normal, o evento deixou marcas profundas nos envolvidos, sendo lembrado como um dos exorcismos mais perturbadores do século XX.
O trágico caso de Roland Doe

Nos Estados Unidos, em 1949, o caso de Roland Doe (pseudônimo) se tornou uma das inspirações para o livro e o filme "O Exorcista". Após a morte de sua tia, que era espiritualista, Roland tentou se comunicar com ela através de uma tábua Ouija, desencadeando uma série de eventos paranormais.
Ruídos inexplicáveis, objetos se movendo sozinhos e comportamento agressivo levaram a família a buscar ajuda religiosa. O padre William Bowdern liderou o exorcismo, que incluiu várias sessões. Durante os rituais, Roland manifestava força incomum, falava em línguas desconhecidas e exibia marcas misteriosas na pele. Após semanas de intensos rituais, o menino foi declarado livre da possessão. Embora tenha se recuperado completamente, o caso gerou debates sobre a influência psicológica e espiritual em situações extremas.
O exorcismo de Latoya Ammons

Em 2011, em Gary, Indiana, o caso de Latoya Ammons chamou a atenção mundial devido às alegações de possessão envolvendo sua família. Latoya e seus três filhos relataram atividades paranormais em sua casa, incluindo vozes inexplicáveis, levitações e comportamentos violentos.

A Diocese de Gary enviou o padre Michael Maginot para investigar. Após constatar sinais de possessão, ele realizou múltiplos exorcismos, inclusive em latim. O caso envolveu também assistentes sociais, médicos e policiais, que testemunharam eventos inexplicáveis. Embora a família tenha se mudado, relatando melhora, a história permanece envolta em mistério, sendo um dos casos mais documentados de exorcismo recente.
A tragédia de Arne Cheyenne Johnson

Conhecido como o "Demônio de Connecticut", o caso de Arne Cheyenne Johnson em 1981 é singular por envolver um assassinato e um julgamento. Johnson, acusado de matar seu senhorio, alegou estar possuído por um espírito maligno. Anteriormente, ele havia participado de um exorcismo realizado no irmão mais novo de sua noiva, David Glatzel, que supostamente havia transferido a entidade para ele.
O casal Ed e Lorraine Warren, famosos investigadores paranormais, documentaram o caso e apoiaram a defesa de Johnson. Embora o tribunal rejeitasse a alegação de possessão, o evento destacou os riscos associados a rituais realizados fora de contextos controlados.

Os casos de exorcismo narrados revelam os perigos e as controvérsias em torno dessa prática ancestral. Entrelaçando fé, psicologia e, muitas vezes, tragédia, esses episódios continuam a fascinar e a aterrorizar.
Muitos filmes foram inspirados em eventos desse tipo, alguns com muitos elementos ficticios outros mais focados no lado social. Todos buscam mostrar o lado ruim e impacto que forças sobrenaturais podem ter na mente de uma comunidade e dos envolvidos.
Ninguém sai sem marcas.
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