Por Que a Ciência questiona existência de outras civilizações no cosmo?
- Wallas oliveira
- 1 de abr.
- 4 min de leitura
Por que o ceticismo sobre OVNIs e extraterrestres ainda é tão forte? Descubra os principais argumentos científicos, e o porque a ciência questiona tudo sobre a existência de aliens, além do Paradoxo de Fermi, o Grande Filtro e também casos de avistamentos altamente credíveis.

A Ufologia sempre despertou um misto de fascínio e descrédito. Enquanto entusiastas acumulam evidências e relatos sobre objetos voadores não identificados, céticos argumentam que falta rigor científico e que as explicações plausíveis estão mais alinhadas com a psicologia humana e limitações tecnológicas. Mas por que o ceticismo é tão forte quando o assunto é vida extraterrestre e suas interações com a Terra? Para entender essa resistência, precisamos abordar algumas das grandes questões da ciência e da filosofia, como o Grande Filtro, o Paradoxo de Fermi e os desafios da própria ufologia.
O Paradoxo de Fermi: Se eles existem, onde estão?
O Paradoxo de Fermi é uma das principais bases do ceticismo em relação à ufologia. Ele se baseia na aparente contradição entre a alta probabilidade de existência de civilizações alienígenas e a ausência de evidências concretas. Considerando o número colossal de planetas na Via Láctea e a idade do universo, estatisticamente deveríamos ter alguma prova inegável de sua existência. No entanto, não há transmissões de rádio confirmadas, espaçonaves reconhecidamente alienígenas ou contatos inequívocos. Isso levanta uma série de hipóteses, como a possibilidade de que civilizações se autodestruam antes de alcançar um nível interestelar ou que existam barreiras tecnológicas intransponíveis.
O astrofísico Paul Davies argumenta que "o silêncio do universo pode ser mais revelador do que qualquer sinal detectável". O físico Enrico Fermi, que formulou o paradoxo, expressou sua perplexidade com a ausência de evidências ao questionar: "Onde estão todos?".
O Grande Filtro: A barreira invisível da evolução civilizatória
O conceito do Grande Filtro está intimamente ligado ao Paradoxo de Fermi. Essa teoria sugere que existe um obstáculo, em algum ponto do desenvolvimento de uma civilização, que impede sua expansão pelo cosmos. Esse filtro pode estar no passado - por exemplo, o surgimento da vida pode ser extremamente raro - ou no futuro, significando que civilizações tecnologicamente avançadas invariavelmente se autodestruam antes de alcançar as estrelas. Se o Grande Filtro está no passado, podemos estar entre os poucos sortudos que passaram por ele. Se está no futuro, significa que nossa própria sobrevivência está em risco.
De acordo com Robin Hanson, economista e autor da teoria do Grande Filtro, "se o Grande Filtro ainda está à nossa frente, isso significa que desafios catastróficos nos aguardam e que civilizações tecnológicas têm uma tendência a se autodestruir".
Casos de avistamentos altamente credíveis
Apesar do ceticismo, há casos de avistamentos que se destacam pelo alto grau de credibilidade, testemunhas confiáveis e evidências físicas. Vamos analisar três deles:
Caso | Local | Ano | Testemunhas | Evidências |
Incidente de Teerã | Teerã, Irã | 1976 | Pilotos militares e radaristas | Avião F-4 teve falha de sistemas ao se aproximar do OVNI |
Caso Rendlesham | Reino Unido | 1980 | Militares da Força Aérea dos EUA | Radiação no solo e testemunhos de oficiais |
Tic Tac UFO | Costa da Califórnia, EUA | 2004 | Pilotos da Marinha dos EUA | Vídeo infravermelho gravado por caças |
Os desafios da ufologia enquanto campo de estudo
Outro fator que alimenta o ceticismo é a própria natureza da ufologia. Ao contrário de disciplinas estabelecidas, ela frequentemente carece de métodos rigorosos para validar suas descobertas. Muitos relatos de avistamentos são baseados em testemunhos subjetivos, facilmente influenciados por fatores psicológicos como ilusões, sonhos vívidos ou memórias distorcidas. Sem contar a proliferação de fraudes, desinformação e viés de confirmação.
Carl Sagan, famoso astrônomo e divulgador científico, declarou que "afirmações extraordinárias exigem evidências extraordinárias". Para ele, a falta de provas concretas e replicáveis impossibilita que a ufologia seja levada a sério pela comunidade científica.
Ademais, a ausência de um corpo material alienígena ou de tecnologia confirmada reforça a ideia de que não há evidência sólida para sustentar as alegações. Algumas das provas apresentadas são imagens borradas, vídeos de baixa qualidade e documentos governamentais que nem sempre têm autenticidade comprovada.


A questão da comunicação interestelar
Outro argumento cético reside na dificuldade da comunicação entre espécies interestelares. A vida alienígena poderia ser tão diferente da nossa que sequer reconheceríamos seus sinais. O próprio conceito de inteligência pode variar drasticamente, e civilizações altamente desenvolvidas podem não ter interesse em interagir conosco, da mesma forma que não tentamos comunicar-nos com colônias de formigas de forma organizada.
Frank Drake, criador da Equação de Drake, sugeriu que "podemos estar imersos em um oceano de sinais alienígenas, mas sem a tecnologia ou compreensão necessária para detectá-los".

Os limites da nossa própria tecnologia
Mesmo que espaçonaves alienígenas estejam visitando a Terra, pode ser que nossa tecnologia ainda não seja avançada o suficiente para detectá-las de maneira confiável. Tecnologias de camuflagem, sistemas de propulsão incompreensíveis e dimensões alternativas são algumas hipóteses aventadas para explicar por que não temos evidências conclusivas. Entretanto, até que provas concretas sejam apresentadas, o ceticismo continuará predominando.
Campos de desenvolvimento contra o ambiente de vácuo espacial se desenvolvem a cada dia que passa e cada vez mais, testes de grandes empresas de viagens espaciais se destacam na mídia, ganhando apoio do mercado e governos. Pois o principal agravante é o capital a se investir.

Embora o ceticismo seja uma ferramenta essencial para a ciência, é possível que a rigidez excessiva acabe impedindo novas descobertas. Se avançarmos na exploração espacial e no desenvolvimento de tecnologias mais sofisticadas, talvez possamos finalmente encontrar respostas definitivas sobre a presença de inteligências extraterrestres. Até lá, o debate entre entusiastas e céticos seguirá aceso, impulsionado pela curiosidade humana e pela busca incessante por respostas sobre nosso lugar no universo.
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